Ao pensar sobre a partida deste artista tão querido por todos, o que fica não é só uma estranha angústia (reflexo de se testemunhar um milagre de arte que pousou no mesmo planeta que eu e o deixou), mas também uma enorme gratidão.
Ele teve talento o bastante para juntar-se àqueles dotados que mostram ao mundo que a arte é sempre maior do que o próprio corpo, do que a própria existência física. E
isto é facilmente constatável quando nos damos conta de que a beleza e o encantamento que nos proporcionou sempre foi muito maior do que sua dor tão humana, e seus conflitos tão mortais.
A arte é sempre maior do que nossos corpos, nossas dores e nossos comportamentos. Ela está acima de qualquer rumor, qualquer mentira, ou qualquer imperfeição do homem. Ela é a parte divina em nós, e alguns gênios têm o privilégio de revelar isso aos seus companheiros de jornada, fulminando-os e encantando-os com vozes e movimentos.
Obrigado, Michael, por ter feito sua parte por um mundo bem mais bonito.
Nenhum comentário:
Postar um comentário